
Dois morcegos encontrados mortos no início de novembro testaram positivo para raiva, segundo confirmação da Divisão de Vigilância em Zoonoses (DVZ) de Valinhos. Os animais foram recolhidos nos dias 3 e 4, respectivamente no Centro e na região próxima à Rodovia Dom Pedro I. Os exames, analisados pelo Instituto Pasteur, tiveram resultado divulgado em 13 de novembro e motivaram novas ações de vistoria e orientação nos dois pontos da cidade.
As equipes da DVZ informaram que os moradores que localizaram os morcegos já receberam as primeiras instruções de segurança e cuidados.
Agora, técnicos farão visitas às áreas afetadas para reforçar orientações sobre prevenção, manejo correto e riscos associados à doença.
A confirmação eleva para seis o total de morcegos mortos por raiva neste ano na cidade. Em julho, quatro casos já haviam sido registrados — um no centro e três no Parque das Colinas.
Monitoramento permanece intensificado
A DVZ informou que, somente em 2024, foram enviadas 206 amostras de animais ao Instituto Pasteur, sendo 135 de morcegos.
As demais incluem espécies como gambás, macacos, cães e gatos. O objetivo do monitoramento é identificar precocemente a circulação do vírus e orientar intervenções rápidas, já que a raiva é considerada letal tanto para seres humanos quanto para animais domésticos.
De acordo com técnicos da divisão, o morcego desempenha papel essencial no equilíbrio ambiental, atuando na polinização, dispersão de sementes e no controle populacional de insetos.
Por isso, sua preservação é assegurada por legislação ambiental, o que reforça a necessidade de que a população nunca tente capturar, ferir ou dispensar o animal por conta própria.
Comportamentos suspeitos exigem atenção
Os especialistas explicam que hábitos noturnos são naturais para os morcegos.
Qualquer comportamento fora desse padrão, seja voar durante o dia, apresentar dificuldade de locomoção ou permanecer caído no solo, é considerado um sinal de alerta e exige que a Vigilância em Zoonoses seja acionada.
Situações desse tipo podem indicar possível contaminação e requerem coleta adequada para análise.
“Quando o morcego é encontrado caído, vivo ou morto, é fundamental que a população não toque no animal. A manipulação incorreta pode representar risco direto”, reforça a equipe técnica.
O que fazer ao encontrar um morcego no chão
- Nunca toque ou tente manipular o animal.
- Isole o local colocando um balde ou caixa virada para baixo sobre o morcego.
- Não descarte, não mate e não tente remover o animal por conta própria.
- Entre em contato imediatamente com a Divisão de Vigilância em Zoonoses pelo telefone ou WhatsApp (19) 3829-1252.
Esses procedimentos permitem que a vigilância recolha o animal com segurança e mantenha o monitoramento do vírus da raiva em dia, preservando a saúde pública.
Prevenção reforça segurança dos animais domésticos
A vacinação antirrábica de cães e gatos continua sendo o principal método de prevenção da doença.
A DVZ orienta que tutores mantenham o imunizante atualizado e façam o agendamento diretamente pelo telefone (19) 3829-1252.
A medida, segundo a Prefeitura, reduz drasticamente o risco de transmissão e contribui para o controle epidemiológico no município.
As ações programadas nas regiões onde os morcegos infectados foram recolhidos devem ocorrer ao longo das próximas semanas, com equipes percorrendo ruas, distribuindo orientações e reforçando a importância da notificação imediata de qualquer situação suspeita.
A DVZ mantém plantão diário para atendimento e reforça que a colaboração dos moradores é indispensável para conter a circulação do vírus.