Os casos de coqueluche na Região Metropolitana de Campinas(RMC) aumentaram 2.200% em 2024, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde. O número de registros saltou de oito em 2023 para 184 no ano passado. Apesar da alta expressiva, não foram registrados óbitos relacionados à doença.
A coqueluche, também conhecida como "tosse comprida", é uma infecção respiratória altamente contagiosa causada pela bactéria Bordetella pertussis. Ela provoca crises de tosse seca e falta de ar e pode ser transmitida por tosse, espirros ou até pelo ato de falar. A doença afeta principalmente crianças e bebês menores de um ano, mas adultos e adolescentes também podem ser infectados, geralmente com sintomas mais leves.
Sintomas e evolução da doença
No estágio inicial, os sintomas incluem mal-estar geral, corrimento nasal, tosse seca e febre baixa, semelhantes aos de um resfriado. Na fase avançada, as crises de tosse tornam-se severas, comprometendo a respiração e, em alguns casos, provocando vômitos e cansaço extremo. A duração média dos sintomas varia de seis a dez semanas, mas pode ser maior dependendo da gravidade e do tratamento.
Prevenção e tratamento
A principal forma de prevenção é a vacinação, disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O imunizante é destinado a crianças, gestantes, puérperas e profissionais de saúde. O tratamento da coqueluche inclui o uso de antibióticos, que ajudam a reduzir a transmissão e aliviar os sintomas.
Alerta e monitoramento
Em 2024, o Ministério da Saúde emitiu uma nota técnica alertando para o aumento de casos de coqueluche no país e reforçou a necessidade de manter a vacinação em dia. O monitoramento da doença na região de Campinas abrange 42 municípios, incluindo Vinhedo, Valinhos, Jundiaí, Americana, entre outros.
Casos de coqueluche em Vinhedo
De acordo com a Secretaria de Saúde de Vinhedo, foram registrados os seguintes dados sobre a coqueluche no município:
2024
26 casos suspeitos
6 casos confirmados
20 casos descartados
2025
1 caso notificado
1 caso aguardando resultado (coleta realizada na última terça-feira, 14).
A Secretaria de Estado da Saúde ressalta que a vacinação é essencial para evitar complicações, especialmente em crianças pequenas, público mais vulnerável à doença.