O Governo de São Paulo, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), divulgou nesta quinta-feira (16) o Balanço Energético do Estado de São Paulo (BEESP) 2024, com dados referentes ao ano base de 2023. O levantamento destaca que as fontes renováveis corresponderam a 60% da matriz energética paulista, frente à média nacional de 49%.
Entre os destaques, os produtos derivados da cana-de-açúcar representaram 37% da oferta interna bruta de energia, seguidos pela hidráulica e eletricidade (15%) e outras fontes renováveis, como a energia solar (8%). O total da oferta interna bruta de energia alcançou 47 milhões de toneladas de óleo equivalente (toe).
Expansão da energia solar
A geração de energia solar fotovoltaica no estado dobrou em relação a 2022, passando de 4,5 TWh para 9,0 TWh. A participação da energia solar na matriz elétrica paulista subiu de 6% para 9%.
“O aumento reflete a busca por soluções sustentáveis, aliada à redução de custos com sistemas fotovoltaicos e incentivos fiscais oferecidos para empresas e residências”, afirmou Marisa Barros, subsecretária de Energia e Mineração.
Crescimento em outras fontes
A energia hidráulica registrou ampliação de 25%, saltando de 43,0 TWh em 2022 para 58,6 TWh em 2023, impulsionada por condições hidrológicas favoráveis. Esse segmento representa agora 61% da matriz elétrica paulista, acima dos 59% do ano anterior.
A biomassa, que ocupa 27% da matriz elétrica, também cresceu significativamente. Com uma safra de cana-de-açúcar 19% maior, atingindo 654 milhões de toneladas, a geração energética a partir desse recurso avançou 14%, totalizando 26,8 TWh. Em São Paulo, a moagem de cana aumentou 23%, alcançando 388 milhões de toneladas destinadas à produção de açúcar, etanol e biometano.
Sustentabilidade e investimentos
São Paulo mantém uma matriz elétrica predominantemente limpa, com 97% de fontes renováveis contra apenas 3% de não renováveis. A combinação de infraestrutura robusta, economia dinâmica e segurança jurídica torna o estado um polo atrativo para empresas interessadas em estratégias de descarbonização e redução do impacto ambiental.
O BEESP, elaborado anualmente pela Semil, fornece dados cruciais para o planejamento e a execução de políticas públicas no setor energético, consolidando São Paulo como referência em sustentabilidade no Brasil.