
O mercado brasileiro de flores deve registrar aumento de 7% nas vendas neste Dia de Finados, comemorado em 2 de novembro, segundo o Ibraflor – Instituto Brasileiro de Floricultura. A data, que representa cerca de 3% do comércio anual do setor, ganha força este ano por cair em um domingo, facilitando visitas aos cemitérios, e pelo crescimento das homenagens em casa, em varandas e jardins, além dos túmulos.
Holambra: polo nacional de produção e distribuição
A maior parte das flores vendidas no país é comercializada pela Cooperativa Veiling Holambra, em Santo Antônio da Posse (SP), que distribui os produtos para todo o Brasil.
Entre os itens mais procurados estão os crisântemos — flores resistentes e de longa durabilidade — e os kalanchoes, suculentas que exigem menor manutenção.
As cores mais vendidas continuam sendo branco e amarelo, associadas à paz e à lembrança, mas produtores também apostam em novas opções, como rosas e variedades bicolores.
No Rancho Raízes, em Holambra, a produtora Maritha Domhof ajustou a produção para atender à demanda, com expectativa de vender cerca de 60 mil vasos nas duas semanas que antecedem o Finados, um crescimento de 5% em relação ao ano passado.
Já o produtor de mini kalanchoes Luciano Rios destaca que as vendas nesta data cresceram mais de 30% desde 2023, e toda a produção destinada ao período — 280 mil vasos — já foi comercializada.
Mudança no perfil do consumidor
Segundo Renato Opitz, diretor do Ibraflor, o comportamento do consumidor está se transformando.
“O mercado tem se adaptado. Hoje, sugerimos formas diversas de homenagear: buquês, vasos ou plantas ornamentais. O cuidado com as plantas é tradição que vem de gerações. O Dia de Finados continua sendo uma data de memória e afeto, em que as flores simbolizam respeito, saudade e carinho — mesmo fora dos cemitérios”, afirma.
O setor, com produção e logística concentradas em Holambra, movimenta não apenas o interior paulista, mas todo o território nacional, reafirmando o polo como referência na floricultura brasileira.