
A crise de inadimplência no Brasil, que afeta 7,2 milhões de empresas ( segundo dados recentes da FecomercioSP com base na Serasa Experian), tem levado companhias a adotarem soluções inovadoras para manter a sustentabilidade dos negócios. Entre elas, a gamificação da rotina de trabalho vem se destacando, com aumento de até 11,3% na recuperação de crédito em poucos meses, segundo dados de startups do setor.
Com 31% das empresas brasileiras no vermelho, sendo quase metade micro e pequenas, a necessidade de soluções eficientes é urgente. Plataformas gamificadas vêm sendo usadas por call centers e instituições financeiras para melhorar a performance de equipes de cobrança e análise de crédito.
“Não se trata apenas de competição com prêmios”, explica Rubens Samuel, CEO da startup brasileira responsável pela plataforma.

“A gamificação desenha a rotina de trabalho em modelo lúdico, com trilhas, rankings, missões e recompensas diárias, estimulando colaboradores a manter foco, alcançar metas e evoluir de forma visível.”
Em um case com 161 colaboradores de um call center, a produtividade em cobranças aumentou significativamente, com crescimento de até 155% em indicadores de performance e premiações acima de 9% na recuperação de valores.
Gamificação se consolida no setor financeiro
Outro exemplo envolve um banco de grande porte, que gamificou 120 analistas de crédito. Em seis meses, houve redução de 18% no tempo de análise, aumento de 7% na aprovação de crédito e crescimento de 17% na carteira ativa.
“A gamificação transforma o ambiente em uma jornada com objetivos claros e recompensas constantes, mantendo colaboradores motivados e focados nos indicadores certos”, destaca Rubens.
O modelo permite feedback em tempo real e transparência de desempenho para líderes e equipes, organizado em painéis visuais com metas, rankings, trilhas de desenvolvimento e alertas de engajamento.
“Cada colaborador enxerga seu papel no todo, como em um tabuleiro em que cada jogada impacta resultados da equipe e da empresa”, completa o CEO.
A tecnologia brasileira também mira expansão internacional: Rubens Samuel está em Singapura para acelerar investimentos e fortalecer a presença da startup em mercados globais.
Para ele, o momento atual exige inovação ágil: transformar o trabalho em experiência interativa é essencial para a sobrevivência e crescimento das empresas.