
O alívio no bolso vai ter que esperar. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou o acionamento da bandeira tarifária vermelha – patamar 2, o nível mais caro do sistema de cobrança extra na conta de luz. A medida já começou a valer nesta sexta-feira (1º) e impacta todos os consumidores atendidos pelo Sistema Interligado Nacional (SIN).
Com isso, a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, será acrescido R$ 7,87 na fatura mensal. O aumento atinge residências, comércios e indústrias de todo o país, inclusive o Estado de São Paulo.
Menos chuva, mais termelétrica
De acordo com a Aneel, a decisão foi motivada pela redução no volume de chuvas em diversas regiões brasileiras, o que afetou diretamente a capacidade de geração das usinas hidrelétricas.
Para garantir o abastecimento, foi necessário acionar usinas termelétricas, que possuem custo de produção mais elevado.
“O cenário de afluências abaixo da média em todo o país reduz a geração por meio de hidrelétricas. Esse quadro eleva os custos de geração de energia, devido à necessidade de acionamento de fontes mais caras, como as usinas termelétricas”, explicou a agência em nota oficial.
Entenda o sistema de bandeiras tarifárias
O sistema de bandeiras tarifárias funciona como um sinal de alerta para os consumidores, indicando o custo real da produção de energia elétrica. Existem quatro cores possíveis:
Verde: condições favoráveis de geração (sem cobrança extra);
Amarela: custo intermediário (tarifa adicional);
Vermelha – Patamar 1: aumento moderado dos custos;
Vermelha – Patamar 2: custo elevado e maior tarifa adicional, como a que está em vigor agora.
O que o consumidor pode fazer
Diante do aumento, especialistas orientam medidas de uso consciente da energia, como desligar aparelhos da tomada quando não estiverem em uso, reduzir o tempo no chuveiro elétrico, evitar o uso simultâneo de equipamentos de alto consumo (como ar-condicionado, micro-ondas e ferro elétrico), além de optar por lâmpadas e eletrodomésticos com selo de eficiência energética.
A Aneel também reforça que, apesar do cenário atual, a bandeira vermelha é uma medida preventiva para garantir o equilíbrio entre oferta e demanda de energia no país, principalmente em períodos de estiagem.