
A Prefeitura de Valinhos está investindo na reestruturação da segurança em suas unidades escolares. A iniciativa, conduzida pela Secretaria de Segurança Pública e Cidadania, é coordenada pela diretora do Departamento de Estratégia e Segurança Escolar, Dra. Maristela Nader, que detalhou as ações adotadas com foco na prevenção de riscos e fortalecimento da proteção no ambiente escolar.
O trabalho envolve diagnósticos técnicos, capacitação dos gestores escolares, ampliação das rondas com a Guarda Municipal e integração com o sistema de monitoramento por câmeras do COI (Centro de Operações e Inteligência). “A escola precisa ser um espaço de aprendizado, mas também de segurança. Os pais precisam ter certeza de que seus filhos estão protegidos”, afirmou Maristela.
Reconhecimento de riscos e comunicação com a comunidade
O ponto de partida da estratégia tem sido o reconhecimento in loco das escolas. Acompanhadas por viaturas da Guarda Municipal, as equipes realizam vistorias para identificar fragilidades estruturais, como banheiros abandonados e alambrados danificados. O entorno das unidades também é monitorado para mapear potenciais ameaças externas.
Durante as visitas, os gestores escolares são orientados sobre o uso do botão de pânico — presente em formato físico e via aplicativo. “Faço testes em tempo real com o COI. Se houver uma crise, a resposta precisa ser imediata”, explicou a diretora. A comunicação com a comunidade escolar é outro pilar: “Orientamos diretores a manterem pais e alunos informados, inclusive sobre bullying. A prevenção exige envolvimento coletivo”.
Atualmente, três viaturas da Ronda Escolar atuam em pontos estratégicos da cidade. Segundo Maristela, o objetivo é aumentar essa presença e tornar a segurança parte da rotina escolar, e não apenas uma resposta a emergências. O monitoramento por câmeras é considerado um aliado essencial: “As imagens auxiliam tanto em situações emergenciais quanto na análise de ameaças virtuais”.
A diretora também lamentou a descontinuidade do programa PROERD em Valinhos, encerrado pela gestão anterior. “Bullying é crime, e os alunos precisam entender as consequências”, ressaltou. Com 44 unidades escolares na rede municipal, o plano é estender as vistorias a todas elas. “Estamos avançando com responsabilidade. Segurança tem que ser constante, não pontual”, concluiu.