Raquel Viel , nadadora paralímpica, natural de Vinhedo , está de malas prontas. Dia 15 de agosto ela embarca para França. O motivo é realizar aclimatação para participar dos Jogos Paralímpicos Paris 2024 , que ocorrem de 28 de agosto a 8 de setembro. Os Jogos da XVII Paralimpíada, também chamados de Jogos Paralímpicos de 2024 ou mais comumente Paris 2024, será um evento multiesportivo dirigido a atletas com deficiência, organizado pelo Comitê Paralímpico Internacional e com sede em Paris, na França.
Especialista em natação na categoria S12, que é destinada a competidores com baixa visão, Raquel conta que aprendeu a nadar ainda criança, mas que começou a treinar aos 25 anos. Nascida com neuropatia congênita, uma condição hereditária que afeta a retina e pode causar perda significativa de visão, a atleta diz que “O esporte é vida. Através do esporte superei vários desafios por ter nascido com baixa visão”.“Através do esporte consegui vencer um câncer avançado em 2016”.
Esta será a terceira participação de Raquel em Paralimpíadas, tendo participação em Londres em 2012 e no Rio de Janeiro em 2016. Quando perguntada sobre qual o sentimento em participar de sua terceira participação nos jogos, ela não poupa palavras: “É muito orgulho representar o Brasil. É muita alegria ver o resultado de muitos treinos. A expectativa é muito grande de trazer ótimos resultados. As conquistas vão muito além das medalhas e recordes”.
Raquel Viel com a medalha de bronze conquistada no Mundial do México 2017
Nos Jogos Parapan-Americanos de 2015, Raquel conquistou o título de campeã e estabeleceu um novo recorde panamericano. Ela se tornou uma das principais atletas de sua classe ao conquistar seis medalhas em competições panamericanas. No Campeonato Mundial de 2017, realizado no México, conquistou o 3º lugar e se consagrou como uma competidora de elite no cenário da natação paralímpica.
Histórico de perseverança e vitória
Em 2016, o desafio de Raquel foi fora das piscinas: após ser diagnosticada com câncer de mama, a esportista passou por diversos tratamentos, entre eles: quimioterapia, radioterapia e uma cirurgia que causou uma lesão no plexo braquial. Uma lesão nessa estrutura leva a paralisias, alterações de sensibilidade e dores que podem incapacitar o paciente.
Incansável, Raquel superou mais uma dificuldade e voltou às piscinas, com muito treino e dedicação conseguiu se classificar para os Jogos de Paris.