Vários animais baleados por caçadores acabam sendo atropelados e socorridos pela Associação Mata Ciliar. Recentemente, a equipe da sede em Jundiaí encontrou um carcará, parente distante dos falcões, ferido em uma via pública de Mogi Mirim. Após o atendimento, a ave foi transferida para o CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), onde foi constatado que além de atropelado por um veículo, ele também foi baleado por tiros de caça. 

Com lesões em uma das asas e dois projéteis balísticos alojados em seu corpo, o carcará passou por um procedimento cirúrgico e devido à gravidade em uma delas, teve de amputar o membro. Após se recuperar, um novo procedimento cirúrgico será realizado para remover o outro projétil. 

Infelizmente, este não é um caso isolado. Muitos animais acidentados que foram atendidos pela associação haviam sito vítima de caça, o que debilita o animal e o impede de escapar de outras situações de risco, como atropelamentos. 

A fauna sofre diariamente para sobreviver em razão da prática criminosa da caça. No ano passado houve um aumento de 45% no número de casos de animais silvestres atendidos pela Associação Mata Ciliar, vítimas de caçadores.

Houve também  também um aumento significativo de registros  CAC nos últimos anos. Em 2018 eram 117,5 mil e atualmente há 1,2 milhão de Caçadores, Atiradores e Colecionadores cadastrados no Sigma (Sistema de Gerenciamento Militar de Armas), base de dados do Exército. O decreto nº 11.366, publicado em janeiro deste ano, suspendeu a concessão de novos registros. 


SOBRE A MATA CILIAR
Associação Mata Ciliar (AMC) é uma entidade sem fins lucrativos declarada de Utilidade Pública Federal. Desde 1987 desenvolve diversas ações para a conservação da biodiversidade em parceria com instituições privadas, poder público e com a sociedade.

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