Podcast debate inclusão e acessibilidade cultural em Vinhedo

Projeto Rotas Acessíveis, contemplado pela PNAB, realiza mapeamento e terá três episódios até outubro

Artista Maria Clara Dias Rebeca ao lado de suas obras durante exposição no Coletiva Vinhedo
Foto: Foto: Pedro H. Lopes
Artista Maria Clara Dias Rebeca ao lado de suas obras durante exposição no Coletiva Vinhedo

O projeto Rotas Acessíveis, contemplado pela Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), lançou nesta semana o primeiro episódio de seu podcast homônimo. A iniciativa busca dar visibilidade a artistas com deficiência, produtores culturais e profissionais que atuam na área de acessibilidade em Vinhedo . A proposta é mapear trajetórias e debater os desafios enfrentados por quem muitas vezes permanece invisível nas políticas e práticas culturais.

O episódio inicial contou com a participação do artista Silvio Torezin, morador de Vinhedo, que compartilhou sua experiência no campo artístico e cultural.

Outros dois episódios estão previstos até o fim de setembro. O encerramento do ciclo ocorrerá no dia 3 de outubro, às 19h, no Memorial do Imigrante, com um encontro aberto ao público para apresentar os resultados do mapeamento e discutir encaminhamentos.

Acessibilidade além da plateia

O Rotas Acessíveis começou com as reflexões de Fernanda Albino, que abordava em suas redes sociais a falta de acessibilidade em espaços públicos e culturais.

A partir desse movimento, surgiu a ideia de estruturar um projeto que destacasse o papel de artistas com deficiência e que discutisse acessibilidade como um conceito mais amplo.

“Queremos mostrar que acessibilidade vai além de rampas e barras de apoio. Existem muitos artistas talentosos que, por terem uma deficiência, enfrentam barreiras extras para serem reconhecidos. Ter uma deficiência é apenas mais uma característica dessa pessoa”, afirma  idealizadora.

Além de Fernanda Albino, o projeto reúne os nomes como o do proponente, Gustavo Moura, Janaína da Silva, Isadora Ifanger, Fernanda do Carmo e Jonny Ribeiro, todos ligados à produção cultural e ao debate sobre inclusão.

Reflexão e representatividade

A equipe reforça que o Rotas Acessíveis não se limita a registrar histórias individuais, mas pretende abrir espaço para um debate coletivo sobre a presença de pessoas com deficiência nos palcos, nas produções e nos bastidores culturais.

“É preciso pensar acessibilidade também para quem cria, para quem produz arte. Não apenas para quem assiste”, destacam.

O primeiro podcast já está disponível nas principais plataformas de áudio e pode ser acessado pelo link . Os próximos episódios seguirão dando voz a artistas locais, que compartilharão vivências e reflexões sobre a inclusão na cultura.


Próximos passos

Com a conclusão dos três episódios e a realização do encontro de outubro, o grupo pretende consolidar o mapeamento de artistas e profissionais ligados à acessibilidade em Vinhedo.

O objetivo é fornecer subsídios para políticas públicas e fortalecer a rede cultural inclusiva no município.

“Nosso desejo é que esse levantamento não seja um ponto final, mas um começo para que a cidade possa construir ações duradouras de valorização da diversidade e de promoção da acessibilidade cultural”, concluem os organizadores.