
Um novo tratamento para os sintomas da menopausa deve chegar ao Brasil ainda este ano, oferecendo uma alternativa eficaz e não hormonal para mulheres que enfrentam desconfortos como ondas de calor e insônia . A medicação, já utilizada nos Estados Unidos, atua sobre a via da neuroquinina B (NK3R), localizada no cérebro, responsável por regular a temperatura corporal e o sono.
A ginecologista Flávia Mambrini destaca o avanço representado por essa nova opção. “Essa nova medicação é como uma evolução de outra que também age na mesma via cerebral, mas com a vantagem de causar menos efeitos colaterais. E ainda ajuda a melhorar o sono, o que é um ganho enorme para mulheres na menopausa”, afirma.
Alternativa segura à terapia hormonal
Diferente da reposição hormonal, que utiliza estrogênio e progesterona, esse tipo de tratamento não interfere nos níveis hormonais e, por isso, pode ser indicado para mulheres que não desejam ou não podem utilizar hormônios.

“Muitas mulheres sofrem com fogachos intensos e noites mal dormidas, e nem sempre podem recorrer à reposição hormonal. Ter uma opção que não envolve hormônios e ainda atua nos principais sintomas é um avanço importante”, reforça Mambrini.
Segundo a especialista, o novo medicamento representa um passo importante para abordagens mais seguras, personalizadas e com menor risco de efeitos adversos. “Estou acompanhando com muito interesse e acredito que essa medicação pode realmente mudar o jogo para muitas pacientes. Ela é mais moderna, tem uma atuação direta e promete menos reações adversas. Vamos ver na prática os resultados, mas as expectativas são ótimas”, conclui.