A obra foi feita em um terreno anexo ao atual cemitério de Vinhedo , será vertical e segue a resolução do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), com um sistema ecologicamente correto , usando tecnologia para que o líquido da decomposição dos corpos seja tratado para que não contamine o solo e o ar e eliminando odores.
A falta de sepulturas e jazigos no atual cemitério era um problema recorrente que trazia preocupação. Obras paliativas para ampliar a capacidade do local foram realizadas, mas nada que resolvesse o problema de forma definitiva. De acordo com a Secretaria de Serviços Públicos, restam menos de 40 jazigos disponíveis no Cemitério de Vinhedo.
Chamado de Cemitério Sustentável, a obra tem um custo de R$ 4,3 milhões. São cerca de 1,2 mil m2 de construção, com acesso pela rua Bahia e a Avenida Brasil. São 980 gavetas mortuárias em alvenaria e concreto que se adequam às exigências dispostas na Resolução Conama nº 335/2003.
“Uma obra necessária e urgente que sempre foi deixada para trás. Seria doloroso demais termos que sepultar nossos familiares em municípios da região por falta de espaço”, explica o prefeito Dr. Dario Pacheco.
Tecnologia e Meio Ambiente
O cemitério vertical conta com tubos especiais que coletam o líquido proveniente da decomposição e evitam que contaminem o solo e os lençóis freáticos, elimina a presença de insetos e odor.
No Brasil, o Conama já determina que, mesmo em cemitérios tradicionais, o líquido da decomposição seja tratado para que não contamine o solo. No entanto, nem sempre isso acontece, pois os cemitérios mais antigos não foram instalados com a tecnologia necessária.
As gavetas do novo cemitério serão dispostas de modo que constituam um mosaico celular composto de linhas e colunas ortogonais. E sua construção será dotada de uma tecnologia onde gases e vapores gerados no processo serão conduzidos para um dispositivo denominado ‘Inativador de Gases’, onde o CO2 e o gás sulfídrico são transformados em carboneto de sódio e sulfeto de sódio, gases inodoros e não contaminantes.