A Organização Mundial de Saúde ( OMS ) anunciou em agosto que a doença Mpox voltou a ser uma emergência sanitária global , o que coloca o mundo em alerta , ainda que as preocupações maiores neste momento sejam os países da África Central. A Mpox é uma doença com sintomas parecidos com a varíola (já erradicada), mas se propaga principalmente por relação sexual.
Segundo o infectologista da Santa Casa de Vinhedo, Dr. André Giglio Bueno, boa parte dos casos tem ocorrido em homens que fazem sexo com homens, por isso a disseminação das informações e as medidas de cuidados devem ser intensificadas neste grupo. A possibilidade de transmissão sexual é um grande sinal de alerta para a população. A doença também pode ser transmitida após contato direto com lesões ou superfícies contaminadas.
“O anúncio da OMS ocorreu pelo surgimento de uma nova linhagem do vírus, mais agressiva e perigosa em pacientes com sistema imunológico enfraquecido. As melhores formas de prevenção são evitar relações sexuais sem proteção, não ter contato com quem está doente e manter bons hábitos de higiene”, disse o infectologista, formado na Unicamp e professor da PUC-Campinas.
Principais sintomas da Mpox
Os principais sintomas da Mpox são febre, erupções na pele, dores musculares e inchaço nos gânglios. A faixa etária predominante é de 20 a 49 anos no Brasil, com a maioria de infectados formada por homens.
De acordo com o Ministério da Saúde, 10.648 casos da doença foram confirmados no país em 2022 (39% no Estado de São Paulo). No ano seguinte, este número caiu para 853, mas até 3 de setembro de 2024, os casos chegaram a 945. “É sempre bom ficar atento às pessoas que viajam para países centro-africanos ou que manifestem os sintomas. Não existe antiviral específico contra a Mpox e casos graves da doença são tratados com medidas de suporte no hospital. As vacinas ainda possuem indicação restrita, portanto a prevenção é o remédio mais eficaz”, emendou Dr. André.